Sindicato dos Trabalhadores em Escritórios de Empresas de Transporte Rodoviário de Guarulhos, Mogi das Cruzes, Vale do Paraíba, Litoral Norte e região
10/05/2013
Dirigentes do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru/CUT) fizeram um protesto em defesa da vida e por melhores condições de trabalho e segurança, no dia 6 de maio, no saguão do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica.
O ato chamou atenção para o descaso dos acidentes de trabalho que matou, no dia 1º de maio, um aeroviário da TAM, que teve o pescoço perfurado por um componente de uma aeronave. “De janeiro até agora, este é o segundo acidente fatal que acontece na pista. Este companheiro foi socorrido depois de 27 minutos, enquanto isso, outros colegas tentavam estancar o sangue com toalhas e camisetas, mas infelizmente, ele faleceu”, relata a diretora do Sindigru, Débora Cavalcanti, trabalhadora na TAM.
Durante o ato, o Sindicato pediu uma reunião urgente com a administradora do Aeroporto, o GRU Airport, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e a Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC) para propor a criação de um Posto Médico específico de atendimento para os trabalhadores. “Hoje, existe apenas um ambulatório que atende todo mundo dentro do Aeroporto”, adverte Débora.
O Sindigru/CUT aguarda a reunião com as entidades.
Assédio Moral na TAM
O Sindigru tem realizado um trabalho exemplar de combate às práticas vergonhosas e desumanas de assédio moral – situação na qual a chefia/encarregado humilha o funcionário no local de trabalho para cumprir metas -- na companhia aérea TAM. Segundo denúncias, pessoas da chefia e supervisores da companhia têm feito perseguições constantes aos trabalhadores, cronometrando o tempo de ir ao banheiro e o atendimento nas filas de check in. “Uma vez a TAM chegou ao absurdo de promover uma Campanha para eleger o pior funcionário, o funcionário WC e etc! Quando eu conto, as pessoas não acreditam de tão absurdo que a situação é. Neste caso, funcionários denunciaram ao Sindicato e fizemos um protesto para acabar com este desrespeito”, conta a diretora Débora.
Segundo a sindicalista, o assédio moral é nocivo à saúde do trabalhador e estudos comprovam que ele pode desencadear doenças, como depressão. “Já nos reunimos com a TAM que se comprometeu a fazer cursos com os supervisores/gerentes. Mas isso não têm resolvido o problema. Estamos atentos e os aeroviários vítimas desta prática covarde podem nos procurar. Nós defenderemos seus direitos”, finaliza.
Viviane Barbosa, editora do Portal da CNTT-CUT - matéria atualizada às 11h26
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