Sindicato dos Trabalhadores em Escritórios de Empresas de Transporte Rodoviário de Guarulhos, Mogi das Cruzes, Vale do Paraíba, Litoral Norte e região
26/04/2013
As doenças ocupacionais empobrecem os trabalhadores, as suas famílias e a sociedade em geral, disse o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, em nota divulgada na última sexta-feira, dia 26.
Para reduzir a ocorrência desses casos relacionados a atividades profissionais, Ryder mencionou a importância da prevenção, que, segundo ele, é mais eficaz e menos dispendiosa do que remediar acidentes. Para isso, a OIT pediu hoje uma "urgente e vigorosa" campanha global de prevenção para impedir o aumento de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
Além das perdas humanas, os acidentes geram custos financeiros. Atualmente, cerca de US$ 2,8 trilhões são gastos com os custos diretos e indiretos de acidentes e mortes causadas pelo trabalho, o que corresponde a 4% do produto mundial, de US$ 70 trilhões. A organização estima que 2,3 milhões de pessoas morram por ano de doenças e acidentes relacionados ao trabalho.
"Os acidentes de trabalho reduzem a produtividade das empresas e aumentam a carga financeira sobre o Estado", informou o diretor-geral da organização.
Em nome dos empregadores, também em nota, o diretor da Organização Internacional de Empregadores (IOE, sigla em inglês), Brent Wilton, explicou que a categoria tem a oportunidade de garantir, por meio de experiências compartilhadas, que os países evitem enfrentar os mesmos desafios neste setor e ressaltou a importância da cooperação internacional.
“Nossas sociedades não devem aceitar que os trabalhadores ponham em perigo sua saúde para ganhar a vida. E não devemos esquecer que as doenças profissionais representam uma carga enorme para as famílias e para o Estado, uma carga que pode ser evitada”, disse, em nome dos trabalhadores, o secretário-geral da Confederação Sindical Internacional (CSI), Sharan Burrow.
Dia Mundial
No domingo, dia 28, celebrou-se o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho. A escolha do dia 28 de abril é uma referência à explosão de uma mina que causou a morte de 78 mineiros, há 40 anos, na cidade de Farmington, estado da Virgínia,nos Estados Unidos. Em 2003, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) também instituiu a data como o Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho.
No Brasil, em maio de 2005, foi promulgada a Lei nº 11.121, criando o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Todos os anos são gastos bilhões de reais em recursos públicos com os acidentes do trabalho. E essa situação só persiste porque, aproveitando-se da fiscalização falha, as empresas não cumprem as leis de proteção da integridade física e da saúde dos trabalhadores em seus locais de trabalho.
Acidentes de trabalho no Brasil
Dados do Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho (Aeat) indicam um aumentono número de acidentes de trabalho gerais em 2011 com relação a 2010. Foram 711.164 registros contra 709.474 no ano anterior. Também em 2011, um número maior de trabalhadores perdeu a vida em decorrência de acidente de trabalho.Foram 2.884 mortes, sendo que em 2010 foram registradas 2.753.
As consequências menos graves, como simples assistência médica eafastamentos de menos de 15 dias, representaram 56,2% em 2011, contra 54,9%em 2010. Isso significa que mais da metade dos acidentes liquidados tiveram consequências menos graves, que geraram apenas atendimento local ou afastamentos de menor duração.
Verifica-se também que a maioria dos acidentes registrados ocorreu na Região Sudeste (387.142); vindo em seguida as Regiões Sul (153.329); Nordeste (91.725), Centro-Oeste (47.884) e Norte, com 31.084 acidentes notificados. Vale lembrar queé no Sudeste e no Sul que se concentra o maior número de trabalhadores formalizados do país.
Quando se analisa os acidentes por grupos etários, pode ser observado que nos últimos três anos há indícios de uma pequena mudança no sentido de uma menor incidência nas idades mais jovens e um aumento da incidência nas idades superiores. Em 2007, 54,81% dos acidentes ocorreram em idades inferiores a 34 anos. Esse percentual cai para 52,78% em 2011.
A faixa etária de 35 a 44 anos permanece com participação praticamente estável notriênio, sendo que a participação da faixa etária superior a 45 anos aumenta de20,38% para 22,66%.
As três atividades econômicas que registraram maior número de acidentes foram as de atendimento hospitalar, administração pública e o comércio varejista demercadorias em geral. Essas três atividades foram responsáveis por 13,5% do total de acidentes registrados no ano de 2011.
Com informações da Agência Brasil e PT no Planalto
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