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8 de março: Mulheres cutistas realizarão seminário e participarão de marcha

20/02/2013

Sindicalistas dos ramos metalúrgico, financeiro, transporte, setor público municipal/ estadual, saúde, educação, psicologia e da CUT/SP debateram em reunião, no dia 7 de fevereiro, os preparativos do Ato do Dia Internacional das Mulheres, celebrado no dia 8 de março. A atividade foi organizada pela Secretaria sobre a Mulher Trabalhadora da CUT/SP, na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo. O encontro contou com a presença da Secretária de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de São Paulo, Denise Mota Dau – ex-sindicalista da CUT, que destacou na sua apresentação  que vai estabelecer espaço para a mulher na maior prefeitura do País e também  inserirá a participação dos movimentos organizados na Secretaria.
Segundo a dirigente da Secretaria da Mulher da CUT/SP, Sônia Auxiliadora, o foco do dia  8 de março é o combate à violência contra a mulher. “Nossa grande bandeira é alertar para o combate a todos os tipos de violência. As mulheres sofrem com a violência doméstica, com a insegurança na cidade e com o assédio moral nos locais de trabalho. Viver sem violência é um direito de cada um”, explica.
A sindicalista conta que, no dia 8, a CUT/SP realizará na parte da manhã um Seminário e, à tarde, às 13h, as sindicalistas cutistas se somarão às mulheres dos movimentos sociais, feministas, dos partidos políticos e das centrais sindicais para o grande do Ato do Dia Internacional da Mulher, que acontecerá na Praça da Sé, centro de São Paulo.
A Secretária da Mulher da FEM-CUT/SP, Andréa Souza, participou da reunião do Coletivo da CUT/SP e destacou que as metalúrgicas darão a sua contribuição às atividades do dia 8 de março. 

Principais bandeiras das mulheres trabalhadoras
Paridade e participação da mulher nos espaços de poder;
Autonomia política e econômica para as mulheres;
Combate e contra toda e qualquer forma de violência à mulher;
Imediata aplicação da Lei Maria da Penha;
Creche pública em período integral;
Licença Maternidade de 180 dias para todas as mulheres;
Contra a banalização da imagem da mulher na mídia;
Redução da Jornada de Trabalho para 40h, sem redução no Salário;
Fim do Fator Previdenciário.

"Uma história de luta por igualdade na vida, na sociedade e no trabalho"
Data: 8 de março (sexta-feira)
Programação: Seminário (das 9h às 12h) no Sindicato dos Bancários de SP e depois as dirigentes participarão do tradicional ato do Dia 8 de março, às 13h, na Praça da Sé
Obs.: Toda quarta, dirigentes e feministas se reúnem no Centro de Informação à Mulher para debater a organização do Ato.

Confira as principais informações dadas por Denise Mota, Secretária de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de São Paulo

Em relação à geração de trabalho e renda para as mulheres, Denise informou da criação de um grupo de trabalho para promoção de igualdade de gênero e também racial. “Há situações muito precárias no mundo do trabalho, mas também há muito potencial de superar, de crescer e de desenvolvimento econômico e social”, avalia. Ela adiantou que a capital paulista adotará O Mulheres que inovam, programa do governo federal para estímulo à ocupação de postos nas áreas de mecânica, construção civil e tecnologia, nas quais a presença masculina é tradicionalmente majoritária.
A ampliação das vagas da creche é outro item essencial para a autonomia social feminina e, para mudar o quadro de abandono deixado pela gestão anterior, Denise lembrou que a prefeitura está fazendo um mapeamento de áreas para construção de novas unidades. A divulgação de direitos e incentivo à participação das mulheres nos espaços de poder também estão entre as ações previstas, segundo a secretária.
Em matéria de violência, Denise disse que, além do mapeamento de dados e de registros de violência já anunciado pela Prefeitura, a meta é colocar em prática estratégias de assistência à mulher, de prevenção desse tipo de crime e de punição dos agressores, como determina a Lei Maria da Penha. Também está em estudo a proposta de construção de uma casa de passagem na capital.O enfrentamento à violência é uma das áreas que exige ações transversais articuladas com outras secretarias municipais, como atenção integral à saúde feminina, prioridade às vítimas na concessão da Bolsa Aluguel ou em programas de habitação e aprimoramento de políticas de segurança. “Sem apoio, dobra o tempo de permanência das mulheres nas casas abrigo. Com prioridade no aluguel social elas permanecem menos tempo e conseguem mais rapidamente cuidar de suas vidas e dos seus filhos e filhas”, afirmou.
A maioria de mulheres que trabalham na rede municipal de ensino tem sido prejudicada com determinações judiciais obrigando o funcionamento das escolas e creches também no período de férias. Os trabalhadores/as também têm garantido por lei o seu direito ao descanso anual divido em dois períodos, e a secretária foi questionada sobre medidas para resolver esse imbróglio.
Neste sentido, a assessora informou que a Secretaria Municipal de Educação foi procurada e a proposta é voltar a investir no programa Recreio nas Férias, que abre os equipamentos públicos de educação nos períodos de pausa do ano letivo e, no lugar dos professores, outros profissionais realizam atividades culturais, artísticas e esportivas. “É essa a maneira de garantir que as educadoras tenham férias, que possam se programar e se reciclar e, ao mesmo tempo, garantir que essas mães que precisam tenham acesso aos equipamentos”, afirmou.

Viviane Barbosa, editora do Portal FEM-CUT/SP




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