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Lula recebe Prêmio Nelson Mandela de Direitos Humanos

07/11/2012

Amado pelo ramo metalúrgico cutista e por milhões de brasileiros, o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, visitou na manhã de terça-feira, dia 6 de novembro, a sede da FEM- /CNM-CUT, em São Bernardo. A convite  da Confederação Metalúrgica, Lula participou da 1ª Conferência Nacional de Negociação Coletiva, que termina nesta quarta-feira, dia 7, e reúne 190 dirigentes dos sindicatos metalúrgicos de todo o País.
Durante o evento, Lula fez um discurso defendendo a criação do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho do ramo, relembrou histórias da época quando foi  sindicalista e destacou os desafios do movimento sindical.
Leia a seguir os melhores momentos do discurso:

Eleições 2012
“É um valor inestimável o povo poder participar das decisões, votar e escolher seus candidatos. A vitória do Grana (em Santo André), do Donizete (Mauá), do Marinho (São Bernardo) e do Haddad (SP) são reflexos disso. Acredito que o Haddad é mais do que um poste aceso, é uma luz acesa. Também obtivemos uma vitória expressiva em Taubaté, com a votação do companheiro Issac do Carmo, que chegou com 39% das intenções de voto no segundo turno.  Acredito que o meu sucesso é a razão da raiva dos meus adversários. Eu não espero complacência deles, mas guerra (risos da plateia)”

Contrato Nacional Coletivo de Trabalho do ramo metalúrgico
“O CNCT é resultado da evolução da consciência política do movimento sindical. É fundamental nos espelharmos nas experiência vitoriosas dos companheiros bancários, petroleiros, para que possamos construir e fortalecer este importante instrumento. Este é um trabalho que deve ser feito passo a passo pela CNM e é possível, nesta Conferência, produzir um conjunto de propostas que poderá ser usado por todos os sindicatos. As empresas também precisam mudar a sua mentalidade, porque elas querem produzir gastando o menos possível com salários. Por isso, ficam pulando de cidade em cidade, ou de país para país, para gastar menos e lucrar mais”.

Novo sindicalista
“O sindicalista não pode ficar parado no tempo. Hoje vocês podem comprovar o avanço dos Comitês Sindicais por Empresa (CSE). Na minha época, tínhamos dificuldades para fazer uma assembleia na Volks, Ford e na Mercedes. Quantas vezes quebrávamos os fios dos portões para fazermos a assembleias e entregar o nosso Jornal, a Tribuna Metalúrgica. Hoje, isso mudou. Com os CSEs é possível organizar uma paralisação, além disso é uma revolução o trabalhador ler na linha de montagem o jornal da categoria. Esse é o caminho. O sindicalista de hoje tem quer criativo, exigente, inteligente e propositivo.

Grana
No término do discurso, Lula brincou com  Grana e Paulão relembrando que quando ele era então  presidente da CNM disse-lhe que quando saísse da Presidência, a sua então sala o estaria esperando.  E  emendou: “Hoje quando retornei  à sala, vi  que o Paulão estava sentado lá. Perdi o meu espaço”, terminou Lula, rindo e sob os aplausos e risos dos dirigentes.

Prêmio Nelson Mandela de Direitos Humanos
Lula recebeu durante o evento o prêmio Nelson Mandela de Direitos Humanos, concedido pela Canadian Auto Workers (CAW). Ele foi escolhido em reconhecimento a seu compromisso para com o povo e com a justiça social. “Durante todo seu mandato como presidente, pudemos perceber que Vossa Excelència fez do povo e das questöes de justiça social sua mais importante prioridade. Ficou muito claro, durante sua campanha eleitoral, que uma vez eleito, Vossa Excelência trabalharia para eliminar a fome no Brasil. A promessa foi cumprida”, diz a mensagem enviada pelo TCA.

Com informações do Instituto Lula e Viviane Barbosa, editora do Portal da FEM-CUT/SP




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